quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Obrigada pelo amor de hoje



Ele estava em meu silêncio.
Meu cabelo era negro. Eu me vestia de deus e de tantas outras sobras.
Palavras soltas e cores misturadas.
Os dias são bons e gostam de mim
A vida para aplacar a ansiedade.
A competência boa e inútil de um pedaço de pele
e a segurança de não ter quem quisesse ouvir.
Só meu companheiro amigo desconhecido.
Peço prazer legítimo e não me deixar naufragar.
Vai, abandona tudo e chega até aqui.
É preciso ter mais de mil corações
E a chuva muito inclinada a desabar num domingo.
Já adormeci?
A noite é o outro.
Essa não era mais a nossa manhã
Já não somos apenas finitos.
Não posso mais deitar em tua trama de braços.
Ficar lá até o dia dos mortos.
Medo do tempo.
Te procuro pelos vãos. Estarás por lá?
A saudade que doença é.
A lembrança de alguém querido que não me acredita inocente, mas que tem cuidado.
Aprendi prestando atenção na paz perdida não esperar vir a vida.
Que me venha esse rancor, tempo de espadas.
Essa mágoa com toda delicadeza.
Só posso dar o abandono.
Nada é imenso.
Que o mar não me peça definições.
 

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